7 de novembro de 2017
Timon sai na frente e implanta sala de ludoterapia com atendimento psicológico
“Criança não é um adulto em miniatura, ela é um ser em desenvolvimento. Precisamos trabalhar essa questão. Aqui é um grande espaço de acolhimento” – Jadna Cléia, psicóloga.

A Prefeitura de Timon acredita e investe nas crianças e jovens; é através da educação que esses pequenos brilhantes poderão conquistar seus sonhos. O trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Educação busca, além de proporcionar qualidade de ensino, acompanhar todo o processo de aprendizagem do estudante. O Núcleo de Apoio ao Educando – NAE realiza um trabalho de combate à evasão escolar. Pensando em atender melhor e verificar as reais necessidades, implantou a sala de ludoterapia.
Na sala, a equipe de psicólogos realiza atendimentos gratuitamente aos alunos. “A sala proporciona um ambiente saudável de ludicidade, é muito interessante. O NAE faz uma busca ativa dentro das escolas e junto à família iniciam o acompanhamento. Há mais ou menos três meses esse trabalho iniciou e os resultados são incríveis”, afirma Ceres Noleto, diretora do Departamento de Ensino.

“Pesquisando sobre as causas da evasão escolar, nós fomos detectando problemas não só com a criança, mas problemas intrafamiliares. Então, iniciamos esse projeto, que no começo foi um grande sonho e hoje realmente funciona. Fizemos um trabalho de divulgação dentro das escolas e, através dos professores e diretores, temos um encaminhamento direcionado dessas crianças”, explica Jadna Cleia de Araújo, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP na área atendimento a crianças, assistente social e idealizadora do projeto em Timon. “Realizamos aqui de oito a dez atendimentos por dia; em média, sessenta atendimentos por mês. Nosso trabalho é todo voltado para o desenvolvimento emocional infantil”, acrescenta.
A Sala de Ludoterapia atende o público infanto-juvenil. O encaminhamento para os atendimentos com as psicólogas acontece com a identificação da necessidade da criança ou adolescente dentro da escola, através de um relatório. Depois desse primeiro passo, a equipe do NAE recebe o caso e entra em contato com a família. “Realizamos uma primeira orientação com os pais e outros três atendimentos com a criança; isso acontece até que possamos analisar e atender as necessidades desses alunos. Criança não é um adulto em miniatura, ela é um ser em desenvolvimento. Precisamos trabalhar essa questão. Aqui é um grande espaço de acolhimento; nosso trabalho já chegou até as famílias e já temos casos em que eles mesmos vieram até nosso núcleo procurar algum tipo de ajuda”, explica Jadna.
O Núcleo atende e também realiza o encaminhamento para outros órgãos da Prefeitura parceiros nesse grande projeto. “Dependendo do caso, se as psicólogas sentem a necessidade de que outro profissional intervenha, como psiquiatra, neurologista ou atendimento multiprofissional, encaminhamos para policlínica, CAPs, e temos parceria com os Conselhos Tutelares diretamente. A Semdes, CRES, Proerd e o Ministério Público também estão sempre juntos para que nosso trabalho não pare. Vivemos e acompanhamos o seio familiar desse aluno e sua história. Nosso trabalho não encerra na sala de ludoterapia, ele vai muito além”, conta Eliane Soares, coordenadora do NAE. Raquel de Sousa, mãe de uma aluna, trouxe a filha para o atendimento e falou da importância que já está tendo na vida da sua família. “Eu não sabia desse trabalho aqui e sei que vai ajudar muito minha filha. Fiquei surpresa como elas foram rápidas e viram tudo antes de mim, já está me ajudando. Ela está nessa fase da adolescência e eu preciso, às vezes, saber como lidar, porque é uma fase complicada”, afirma.
