A cidade de Timon sediou, nos dias 2 e 3 de maio, a II Oficina de Planejamento do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba (CBH Parnaíba). Realizado no auditório da Universidade Estadual do Maranhão – Uema, o evento reuniu informações para definir ações a serem propostas no Plano de Recursos Hídricos da Bacia. A Prefeitura de Timon, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – Semma, compõe o Comitê como membro titular, representando o poder público municipal na cota do Estado do Maranhão.
A oficina é uma promoção do Ministério do Meio Ambiente – MMA, através da Agência Nacional de Águas (ANA), e reuniu informações relevantes para a conservação e correto uso das terras abrangidas pelas águas da bacia hidrográfica do Parnaíba.
“Na oportunidade, também pudemos apresentar nosso projeto de criação da área de preservação ambiental das nascentes de Timon”, enfatiza o secretário da Semma, Willams Gomes.
O secretário ressaltou ainda que essa a unidade de conservação deverá envolver as comunidades Saco, 89, Água Limpa, Flor do Campo, Grecia, Barraca e outros.
“Nessa região concentra-se as nascentes dos principais mananciais de Timon, como o Riacho das Pombas (roncador, pinto), Itaguará, Gameleira, Bacuri e outros”, acrescenta o gestor.
A criação da área de preservação visa reduzir queimadas, desmatamentos e contaminações.
“Além disso, pretende-se resguardar essas áreas do avanço do pasto e da soja em nosso município”, explica Jairo Galvão, representante de Timon no CBH – Parnaíba.
O que é um Comitê de Bacia Hidrográfica?
Os Comitês de Bacia Hidrográfica, entes do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, constituem o “Parlamento das Águas”, espaço em que representantes da comunidade de uma bacia hidrográfica discutem e deliberam a respeito da gestão dos recursos hídricos. Assim, são compartilhadas responsabilidades de gestão com o poder público e os debates são voltados à execução de ações de interesse comum quanto ao uso da água na bacia hidrográfica.
É por meio de discussões e negociações democráticas que os comitês avaliam os reais e diferentes interesses sobre os usos das águas das bacias hidrográficas. Possuem poder de decisão e cumprem papel fundamental na elaboração das políticas para gestão das águas nas bacias, sobretudo em regiões sujeitas a eventos críticos de escassez hídrica, inundações ou na qualidade da água que possam colocar em risco os usos múltiplos da água, conforme assegurados em Lei.
