Um trabalho que envolve dedicação e esforço conjunto dos professores, gestores e até mesmo das famílias dos alunos – o Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aderida pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), que age no resgate de alunos que evadiram das escolas da rede municipal, garantindo o direito da criança e do adolescente à educação.

“No Núcleo de Apoio ao Educando (NAE) da SEMED, a equipe do Busca Ativa Escolar é formada por psicóloga, assistente social e educadores. Toda semana ela vai a campo para identificar os problemas das crianças fora da escola, criar estratégias para resolver a situação e levar o aluno de volta para a sala de aula. É um trabalho intersetorial, no qual contamos com a parceria dos CRAS, da Secretaria Municipal de Saúde, da Defensoria Pública, do conselho tutelar e do PROCON”, ressalta a professora Maria Eliane, coordenadora operacional do programa Busca Ativa Escolar.

Neste ano, a UNICEF estabeleceu para Timon a meta de 177 alunos resgatados até março de 2023. Entretanto, 10 meses antes do prazo, Timon já alcançou o resultado – o marco é um importante passo para a conquista do Selo UNICEF, que premia boas práticas na educação infantil.
Os 177 alunos inseridos na plataforma serão acompanhados durante um ano para garantir não só sua permanência na escola, mas também sua evolução educacional e a resolução dos problemas que o afastaram da escola.
A professora Maria Eliane comemora a meta, mas enfatiza que o trabalho irá continuar independente do resultado já alcançado, e que o mais importante é ver as crianças com seus direitos garantidos.

Campanha complementar realizada pelas escolas

Além dos 177 alunos resgatados e inseridos na plataforma da UNICEF, mais 483 alunos foram resgatados através da campanha complementar realizada nos meses de março e abril, trabalho realizado diretamente pelas escolas com apoio das equipes da SEMED.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Pedro Falcão, que fica no bairro Parque Alvorada, o acompanhamento dos alunos faltantes foi feito por equipes de todos os segmentos. Somente neste ano, 29 alunos foram resgatados.

“Nosso principal desafio é conhecer a realidade das famílias, por isso envolvemos todos os setores da escola – o professor nos sinaliza sobre os alunos faltantes, imediatamente nós entramos em contato por ligação ou mensagem de texto, as vezes vamos na casa das famílias também, não só o administrativo como também zeladores, vigia. É um trabalho em equipe”, diz Selijane Rodrigues, diretora da escola.

Ainda de acordo com a diretora, além de resgatar esses alunos, a escola tem o papel de reinseri-los na rotina escolar, bem como criar ações que garantam seus níveis de aprendizagem levando em consideração o tempo em que estiveram fora de sala de aula.
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Aliadas ao Conselho Tutelar, Ronda Escolar e Núcleo de Assistência ao Educando (NAE), da SEMED, as escolas cumprem o papel social de identificar e notificar casos de trabalho infantil, bullying ou qualquer tipo de situação que fere os direitos das crianças e dos adolescentes.