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7 de junho de 2021

Alunos da Rede Municipal de Timon são premiados em Olimpíadas Nacionais

O estudo ‘Cenário da Exclusão Escolar no Brasil’, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), afirma que mais de cinco milhões de crianças não tinham acesso à educação no Brasil, em novembro de 2020. Os números na pandemia são ainda mais alarmantes. Contudo, mesmo nesse contexto, nove alunos da Rede Municipal de Timon foram premiados, este ano, na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e na Mostra Brasileira de Foguetes.

Um dos medalhistas, Edyelson Soares, fala da emoção de ter sido campeão este ano e como se preparou para a competição com a ajuda do pai, o Sr. Edmilson Alves.

“Eu me senti honrado, pois fui o único que ganhou ouro na escola toda. Recebi uma medalha de ouro na Mostra de Foguetes e uma de bronze na Mostra de Foguetes na modalidade virtual. Meu pai me auxiliou muito, foi ele que me ajudou a consertar os vazamentos e comprar os materiais para construir o foguete”, afirma Edyelson Soares.

Para Maria Heloise Lima, medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia, o material escolar e a rotina de aulas contribuíram para a premiação, além do apoio da irmã nos estudos diários.

“Fiquei muito feliz com a medalha e estudei para a competição pelo material que deram na escola. Tive a ajuda da minha irmã e também uma rotina que contribuiu, pois faço aula on-line pela manhã e à tarde faço as minhas tarefas”, conta Maria Heloise.

Preparação na escola

Raul Mendes, Gestor Escolar da EMEF Luís Miguel Budaruiche onde os alunos estão matriculados, explica como a escola decidiu participar das olimpíadas e como foi todo o processo até a premiação dos alunos, este ano.

“Iniciamos a participação na OBA, em 2019, quando eu ainda era professor de Ciências na escola. Tivemos um número bem reduzido de alunos porque poucos se interessaram. Naquele ano, não ganhamos nenhuma medalha. Em 2020, assumi a direção da escola e participamos pelo segundo ano e foi a primeira vez que conseguimos medalhas, sete na OBA e também conseguimos medalha de ouro e de bronze na Amostra de Foguetes”, conta Raul Ferreira.

Para ajudar no estudo e na preparação para as provas, a escola organizou um material impresso especifico para as olimpíadas que foi entregue a todos os alunos, além de adotar outras medidas, como ressalta o gestor escolar, Raul Ferreira.

“Foi realizada também uma reunião com todos os professores de Ciências do 3º ao 9º ano para traçar as estratégias até o dia da prova. Todos colaboraram, eu fiquei responsável pela construção e lançamento do foguete”, destaca Raul Ferreira.

Importância no processo ensino-aprendizagem

As competições nacionais servem, segundo o professor de Ciências, Michael Brito, para aprofundar na sala de aula o ensino dos conteúdos cobrados nas olimpíadas.

“A importância das Olimpíadas para os alunos do 5º ano, por exemplo, é que as crianças nessa faixa etária têm aquele espírito de competitividade, isso faz com que eles busquem, dentro dos conteúdos programados das Olimpíadas, se destacar”, reafirma o professor Michael Brito.

Para o professor, este seria o maior benefício no processo de ensino-aprendizagem, pois com a competição os alunos se sentem ainda mais motivados para estudar.

“A premiação é um dos pontos principais, dentro da competição, para que o aluno possa se esforçar para chegar lá. A gente observa que eles gostam, que quando a gente fala da competição, eles se empolgam e que eles mesmos se interessam em estudar para chegar ao objetivo final”, conta Michael Brito.

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