A obra de 80 páginas é composta por relatos que marcam a história e a memória timonense

O livro “Timon: A cidade da gente” foi lançado dentro da programação especial pelos 133 anos de aniversário do município. A obra de 80 páginas é composta por relatos que marcam a história e a memória timonense, como o centenário pé de bacuri, a dança do bumba meu boi, os artesãos de pilões (conhecidos popularmente na cidade como “pilãozeiros”) e também as quebradeiras de coco.

Timon foi um dos municípios escolhidos para ter sua história retratada por estudantes, dentro da coleção “A cidade da gente”, da editora Olhares. Ao todo, 36 cidades de norte a sul do país já ganharam – ou estão perto de receber – um livro ilustrado sobre os seus patrimônios, feito em parceria com professores e alunos de escolas públicas locais, que assinam como coautores das obras.

Na prática, cerca de 400 alunos das escolas de ensino fundamental Luiz Miguel Budaruiche, Pedro Falcão Lopes, Antônio Maria Zacarias Ribeiro e do projeto educativo Mãos Dadas participaram da iniciativa.

“Realmente é um produto feito pelos nossos alunos que, orientados pelos professores, conseguiram escrever a história da nossa cidade”, ressaltou o secretário de educação de Timon, Samuel Rodrigues.

Presente no evento de lançamento do livro, a prefeita de Timon, Dinair Veloso, reconheceu os resultados obtidos.

“O livro registra a percepção dos nossos alunos, que também fazem parte da construção da nossa cidade. Foi um momento muito emocionante para todos nós e para a nossa memória afetiva. Ver o poder criativo das nossas crianças é uma demonstração de que muitos só precisam de uma oportunidade. Timon foi uma das 36 cidades brasileiras escolhidas para produzir esse trabalho e isso é um motivo de grande alegria, que fortalece o sentimento de pertencimento ao nosso município”, avaliou a gestora.

A empresa Águas de Timon é uma parceira do projeto. “Nós temos o objetivo de deixar um legado nos territórios e nada melhor do que trabalhar com educação. Esse projeto envolve a comunidade e o ambiente escolar com profissionais que facilitam esse processo”, explicou Gabriel Veras, gerente de responsabilidade social da concessionária.

Produzidos geralmente em pequenos e médios municípios, os livros têm de 1.700 a 2.600 exemplares doados para o uso didático nas escolas da rede pública de educação. O projeto também incentiva o pensamento crítico dos estudantes durante a produção autoral, como preconiza a Base Nacional Curricular Comum, do Ministério da Educação.

Aos 12 anos de idade, Larissa Cristine, colaborou com a produção literária. “Foi uma experiência enriquecedora, muito boa e legal. Eu aprendi muito sobre a cidade de Timon”, relatou.

Após a publicação, o projeto oferece ainda uma formação de professores para reunir ideias de uso do livro em diferentes disciplinas, estimulando o uso pelas turmas ano a ano, em temas diversos, por muitas gerações. Trazendo o ponto de vista das crianças, a coleção consegue perpetuar a memória das cidades abordadas, além de ampliar as noções de identidade e pertencimento dos estudantes sobre a cidade onde vivem.

“Esse projeto trabalha com patrimônio cultural, material e imaterial. Eu acho que é um estímulo para os alunos conhecerem cada vez mais a sua história. Foi lindo receber os textos dos alunos e ler as produções”, detalhou Luciana Nabuco, escritora e orientadora do projeto.