Na manhã desta quarta-feira (27), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDES), realizou um evento alusivo aos seis anos de implantação do Programa “Família Acolhedora”, no Fórum Amarantino Ribeiro Gonçalves. A solenidade teve como foco a certificação das famílias aptas a receber, em caráter temporário, crianças ou adolescentes vítimas de violação de direitos que foram afastadas do convívio familiar por meio de medida protetiva aplicada pelo Poder Judiciário.
O programa acolhe crianças e adolescentes por meio de famílias cadastradas e habilitadas comprometidas a cuidar do acolhido, dando auxílio afetivo, moral, físico e educativo, assim como uma convivência saudável.
O Secretário da SEMDES, Márcio Sá, destaca a evolução do programa devido a superação de uma das maiores dificuldades do programa, a captação de famílias.
“Isso é muito importante, nós conseguimos cinco famílias inscritas para participar dessa capacitação, e hoje estão sendo entregues dois certificados. É uma grande vitória, se fosse só uma família já seria uma grande vitória”, afirma o Secretário.
Há seis anos operando na cidade de Timon, o “Família Acolhedora” atinge um dos momentos de maior orgulho para todos os envolvidos no trabalho, o de capacitar as famílias para estarem aptas a acolher essa criança ou adolescente, até que esses possam retornar a sua família de origem, extensa ou substituta. Nesta solenidade, duas famílias foram contempladas.
Os voluntários precisam procurar a equipe do Serviço Família Acolhedora na SEMDES, para se cadastrar. A princípio, precisam preencher alguns requisitos básicos como ter 25 anos ou mais, residir em Timon há pelo menos dois anos, não possuir antecedentes criminais, dentre outros. Passando pela fase do cadastro, os voluntários são preparados em um processo de capacitação junto a equipe técnica e programas parceiros, para compreender o que é o acolher e desenvolver práticas positivas no acolhimento.
Maria Rosa Miranda Sousa, de 57 anos, foi a primeira voluntária a receber o certificado. A técnica de enfermagem, que não pôde ter filhos, revelou que foi motivada pela vontade de ajudar crianças em situação de vulnerabilidade social.
“O curso ensina sobre os nossos direitos, o que podemos ou não podemos fazer. Eu gosto de criança, hoje estou aposentada, e tenho mais tempo, quero mais gente em casa, quero ir ao cinema. No cadastro da Família Acolhedora, eu sei que é temporário”, diz ela.
O promotor Eduardo Borges reforça que a entrega dos certificados mostra o avanço do programa em Timon. “É um passo muito importante para garantir o direito dessas crianças, garantir o direito de convivência familiar dessas crianças. Para nós , o significado é de avanço, pelo compromisso que nós temos”, afirmou.