“Pergunta que eu te respondo!” Esse, além de ter sido o tema do evento de conscientização sobre o câncer de mama no Centro de Atenção Integrado à Saúde da Mulher (CAISM), também foi a maneira de atuação escolhida pelos profissionais de saúde para fazer com que o público feminino pudesse esclarecer todas as dúvidas sobre a doença. A atividade aconteceu nesta quinta-feira, 17 de outubro.
O auditório do CAISM se tornou pequeno para o público presente. Eram mais de 100 mulheres, vindas de todos os bairros de Timon e também de outros municípios, como Matões, Parnarama e São Francisco, cidades em que a clínica é referência em mamografia. Considerando que a vergonha ainda é comum entre muitas mulheres, as dúvidas eram feitas por escrito, sem identificação de nomes, e depois colocadas dentro de um saquinho, onde o médico ginecologista Dr. Gisleno Feitosa retirava, uma a uma, para responder.
“Foi muito interessante essa atividade em alusão ao Outubro Rosa. Ao invés de uma palestra tradicional, transformamos esse momento num grande bate-papo esclarecedor e bastante participativo.” – diz Gisleno Feitosa, médico.
Segundo a diretora administrativa do CAISM, Maria José Torres, as atividades da Campanha Outubro Rosa iniciaram no dia 29 de setembro. Uma parceria com a Instituição Casa de Palha em grande caminhada e blitz educativa, que resultou na adesivagem de 700 veículos em Timon. Desde então, todos os dias se promovem atividades para conscientizar as mulheres, seja nas unidades básicas de saúde, nas igrejas ou nas praças.
“Amanhã estaremos do DMTRAS e no 11º Batalhão da PM. A ideia é pulverizar a informação, sensibilizar as mulheres sobre a importância de se cuidar e de prevenir doenças, como o câncer de mama, que tem feito muitas vítimas no Brasil e no mundo.” – frisa Maria José Torres, diretora administrativa CAISM.
O câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres. Por isso a persistência dos profissionais de saúde em divulgar sobre a prevenção, as consultas e exames de rotina que podem esclarecer todos os tipos de dúvidas. Os médicos alertam: se o diagnostico é precoce, as chances de cura da doença são ainda maiores.
“Fiz há 3 meses a mamografia. Acho importante para tirar as dúvidas e o medo de estar com um nódulo, um carroço, algo do tipo. As pessoas falam tanto sobre câncer de mama, mas embora o exame seja ruim, doloroso, eu sempre venho, não falto.” – Maria José, 60 anos, aposentada.
O medo de realizar a mamografia ainda persiste de forma crescente entre as mulheres. E isso tem relação direta com a informação de que o exame é doloroso, que machuca a mama. Foi exatamente por essas questões que a dona de casa, Socorro Neponuceno, veio fazer a 1ª mamografia aos 59 anos de idade.
“Eu ficava desviando dessa obrigação, desse cuidado com a saúde. Evitava falar sobre o assunto para que ninguém me julgasse por isso. Mas, na verdade, tudo não passava de medo. As pessoas me falavam sobre dor e desconforto na realização do exame e hoje resolvi enfrentar. Agora, posso dizer por aí que a importância da mamografia supera em muitas vezes o rápido incomodo do exame. Não deixarei mais de fazer!” – enfatiza Socorro.
FOTOS: Edi Vasconcelos