Fórum da Família Acolhedora foi realizado nesta quarta
O Fórum da Família Acolhedora foi realizado em Timon nesta quarta-feira (16/03) no Auditório da Fundação Cidadania. O evento foi o ponto de partida para a implantação do projeto no município. O principal objetivo é proporcionar às crianças institucionalizadas a oportunidade de conviver num ambiente familiar.
O promotor de Justiça da Infância e Juventude, Eduardo Borges, destacou a relevância do projeto para o bem-estar das crianças e adolescentes. “Essa implantação é mais uma nova estrutura de acolhimento. Sem dúvida, um momento positivo para o município” – falou.
A capacidade inicial do projeto é para dez famílias, e cada uma poderá acolher no máximo duas crianças, que terão permanência de convívio de até dois anos. O secretário municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), Aristótelles Mesquita, falou da dedicação da equipe do Abrigo Promotora de Justiça Elda Maria Moreira, instituição municipal que acolhe crianças e adolescentes. “Por mais respeito e dedicação que nossa equipe tenha, nada se compara ao ambiente familiar. Os encaminhamentos serão feitos com todo o cuidado e responsabilidade da equipe que atuará exclusivamente no programa.” – explicou.
O fórum contou com a presença da assistente social Neusa Figueiredo Cerutti, proveniente da cidade de Cascavel no Paraná – cidade referência na implantação da Família Acolhedora para o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS). Segundo Neusa, há muito preconceito a ser rompido. “Estou coordenadora do projeto desde 2008. Quando cheguei, o serviço já existia de forma tímida, com pouca visibilidade. Tínhamos na época onze famílias e trinta acolhidas. Nosso primeiro passo foi divulgar na mídia. Em 2009, tivemos a mudança do estatuto, determinando que o acolhimento através da família acolhedora deve ser priorizado. Fomos dando encaminhamento, e hoje temos em média 150 famílias acolhedoras, com 218 acolhidos. A demanda do acolhimento está 90% em família acolhedora; somente 10% está em instituição, e são casos de rápida solução” – ilustrou a palestrante.
“O fórum é para sensibilizar e elucidar toda a cadeia de profissionais envolvida nesse processo. Precisaremos de todos para fazer um trabalho efetivo que vai mudar a vida de muitas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social” – explicou a coordenadora do programa, Kledilza Mesquita.