“Nossa casa é um local de pessoas boas”. A fala é da psicóloga Yasmin Galvão, que trabalha na Casa Cidadão – local que assiste pessoas em situação de rua – durante uma ação social realizada na tarde desta terça-feira, 05 de abril. A entidade realizou um trabalho de aproximação entre os beneficiários e vizinhos, com o objetivo de mostrar que as pessoas que estão em situação de rua conseguem sim promover o bem.
A psicóloga Yasmin explica o foco principal da ação: “Esse é um projeto social onde os beneficiários da Casa Cidadão entregaram ovos de páscoa para crianças daquela região, objetivando a ressignificação da autoimagem que as pessoas de rua passam para a sociedade, onde muitas vezes são subjugadas”.
Com o slogan “Fazer o bem sem olhar a quem”, o projeto teve um importante impacto social naquela tarde, tanto na visão dos moradores, como para os próprios assistidos, que tiveram um momento social com outras pessoas. O trabalho realizado pelos membros da Casa Cidadão consiste justamente nisso: o fortalecimento de vínculos. Rafael da Silva é um dos vizinhos da Casa Cidadão. Com apenas 18 anos, o rapaz reconheceu a importância daquele trabalho: “Eu acho essa ação muito importante, porque ninguém merece viver nas ruas e, para mim, todos eles merecem uma segunda oportunidade”.
A coordenadora do espaço, Francelina Machado, comenta: “Sempre digo, como coordenadora e Assistente Social, o ser humano precisa se despir dos seus conceitos críticos e ver esse público com um olhar de esperança, tanto para ele, para as famílias e para a sociedade. Esse projeto foi muito bem elaborado e pensado com a intenção de desmistificar os pensamentos críticos voltados para o público da instituição”.
Casa Cidadão
A Residência Inclusiva é um espaço de acolhimento para pessoas em situação de rua, mantida pela Prefeitura Municipal de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes). O ambiente foi estruturado para receber até 25 pessoas e tem por finalidade ofertar acolhimento para pessoas que utilizam a rua como moradia (seja por rompimento familiar, abandono, migração) ou pessoas que estão em trânsito e sem condições de autossustento.